Utilizador:


O Ciclo Diesel

Storyboard

>Modelo

ID:(1487, 0)



O Ciclo Diesel

Storyboard

Variáveis

Símbolo
Texto
Variáve
Valor
Unidades
Calcular
Valeur MKS
Unidades MKS
$Q_C$
Q_C
Calor absorvido
J
$c_p$
c_p
Calor específico a pressão constante
J/kg K
$c_V$
c_V
Calor específico dos gases a volume constante
J/kg K
$Q_H$
Q_H
Calor fornecido
J
$C_p$
C_p
Capacidade térmica a pressão constante
J/kg
$C_V$
C_V
Capacidade térmica em volume constante
J/kg
$\eta$
eta
Eficiência
-
$r_C$
r_C
Facteur de compressibilité
-
$r_E$
r_E
Fator de expansibilidade
-
$\kappa$
kappa
Índice adiabático
-
$M$
M
Massa
kg
$T_1$
T_1
Temperatura no estado 1
K
$T_2$
T_2
Temperatura no estado 2
K
$T_3$
T_3
Temperatura no estado 3
K
$T_4$
T_4
Temperatura no estado 4
K
$V_2$
V_2
Volume compactado
m^3
$V_1$
V_1
Volume expandido
m^3
$V_3$
V_3
Volume intermediário
m^3

Cálculos


Primeiro, selecione a equação:   para ,  depois, selecione a variável:   para 

Símbolo
Equação
Resolvido
Traduzido

Cálculos

Símbolo
Equação
Resolvido
Traduzido

 Variáve   Dado   Calcular   Objetivo :   Equação   A ser usado



Equações

Seguindo uma analogia ao ERROR:5219,0 para l quidos e s lidos com la capacidade calórica ($C$) e la massa ($M$):

equation=3483

existe tamb m um calor específico dos gases a volume constante ($c_V$) para aquecimento a volume constante com la capacidade térmica em volume constante ($C_V$):

equation

Seguindo uma analogia ao ERROR:5219,0 para l quidos e s lidos com la capacidade calórica ($C$) e la massa ($M$):

equation=3483

existe tamb m um calor específico a pressão constante ($c_p$) para o aquecimento a press o constante com la capacidade térmica a pressão constante ($C_p$):

equation

Ao fornecer o calor fornecido ($Q_H$), a temperatura do g s aumenta de $T_2$ para $T_3$ em um processo isob rico ( press o constante). Isso implica que podemos utilizar a rela o para ERROR:8085 com la capacidade térmica a pressão constante ($C_p$) e ERROR:7510, expressa pela equa o:

equation=4863

Isso nos leva aos valores de la temperatura no estado 3 ($T_3$) e la temperatura no estado 2 ($T_2$) usando a f rmula:

equation

Ao remover o calor absorvido ($Q_C$), a temperatura do g s aumenta de $T_1$ para $T_4$ em um processo isob rico (a press o constante). Isso implica que podemos utilizar a rela o para ERROR:8085 com la capacidade térmica em volume constante ($C_V$) e ERROR:7510, que expressa pela equa o:

equation=4862

Isso nos leva aos valores de la temperatura no estado 1 ($T_1$) e la temperatura no estado 4 ($T_4$) usando a f rmula:

equation

Dado que em uma expans o adiab tica, o g s satisfaz as rela es o volume no estado i ($V_i$), o volume no estado f ($V_f$), la temperatura no estado inicial ($T_i$), la temperatura no estado final ($T_f$) e o índice adiabático ($\kappa$), expressas como:

equation=4865

Podemos observar que durante a mudan a de estado de o volume expandido ($V_1$) e la temperatura no estado 1 ($T_1$) para o volume compactado ($V_2$) e la temperatura no estado 2 ($T_2$), a seguinte igualdade mantida:

$T_1V_1^{\kappa-1}=T_2V_2^{\kappa-1}$



Usando a equa o para o facteur de compressibilité ($r_C$):

equation=11146

Obtemos:

equation

Dado que em uma expans o adiab tica, o g s atende s rela es o volume no estado i ($V_i$), o volume no estado f ($V_f$), la temperatura no estado inicial ($T_i$), la temperatura no estado final ($T_f$) e o índice adiabático ($\kappa$) expressas como:

equation=4865

Podemos observar que na mudan a de estado de o volume intermediário ($V_3$) e la temperatura no estado 3 ($T_3$) para o volume expandido ($V_1$) e la temperatura no estado 4 ($T_4$), a seguinte igualdade se mant m:

$T_3V_3^{\kappa-1}=T_4V_1^{\kappa-1}$



Usando a equa o para o fator de expansibilidade ($r_E$):

equation=11147

Obtemos:

equation

Como o aquecimento ocorre a press o constante, aplicamos a lei de Charles:

equation=3492

Portanto, a mudan a de estado ($V_2, T_2$) para ($V_3, T_3$) deve satisfazer a equa o:

$\displaystyle\frac{T_2}{V_2} = \displaystyle\frac{T_3}{V_3}$



Com as equa es:

equation=11146

equation=11147

podemos reescrever como:

$T_3 = \displaystyle\frac{V_3}{V_2} T_2 = \displaystyle\frac{V_3}{V_2} T_2 = \displaystyle\frac{V_3}{V_1} \displaystyle\frac{V_1}{V_2} T_2 = \displaystyle\frac{r_C}{r_E} T_2$



ou seja:

equation

O valor de la eficiência ($\eta$) pode ser calculado usando os valores o índice adiabático ($\kappa$), la temperatura no estado 1 ($T_1$), la temperatura no estado 2 ($T_2$), la temperatura no estado 3 ($T_3$) e la temperatura no estado 4 ($T_4$) na seguinte equa o:

equation=11164

Al m disso, as rela es entre as temperaturas com o facteur de compressibilité ($r_C$) e o fator de expansibilidade ($r_E$) s o definidas pelas seguintes equa es:

equation=11148

equation=11149

equation=11150

Adicionalmente, o valor de o índice adiabático ($\kappa$) utilizado na equa o:

equation=11152

Essas equa es nos permitem calcular o desempenho de um processo que segue o ciclo Diesel usando a seguinte equa o:

equation

Durante uma expans o adiab tica, o g s satisfaz a rela o envolvendo o volume no estado i ($V_i$), o volume no estado f ($V_f$), la temperatura no estado inicial ($T_i$) e la temperatura no estado final ($T_f$):

equation=4865

Neste caso, do ponto inicial 3 ao ponto 4. Isso significa que, durante a expans o adiab tica, o estado do g s muda de o volume compactado ($V_2$) e la temperatura no estado 3 ($T_3$) para o volume expandido ($V_1$) e la temperatura no estado 4 ($T_4$), conforme:

equation

Dado que em uma expans o adiab tica, o g s satisfaz a rela o com o volume no estado i ($V_i$), o volume no estado f ($V_f$), la temperatura no estado inicial ($T_i$) e la temperatura no estado final ($T_f$):

equation=4865

Neste caso, do ponto inicial 1 ao ponto 2. Isso significa que durante a compress o adiab tica, o estado do g s muda de o volume expandido ($V_1$) e la temperatura no estado 1 ($T_1$) para o volume compactado ($V_2$) e la temperatura no estado 2 ($T_2$) da seguinte forma:

equation

A efici ncia em rela o temperatura definida por:

equation=11155

com as quantidades de calor fornecido:

equation=11144

e absorvido:

equation=11145

temos a rela o de efici ncia em fun o da temperatura:

equation


Exemplos

O ciclo Diesel um ciclo termodin mico que fundamenta o funcionamento dos motores diesel, amplamente utilizados em ve culos e maquinaria industrial. Desenvolvido por Rudolf Diesel na d cada de 1890, este ciclo distingue-se principalmente pelo seu processo de igni o em compara o com o ciclo Otto dos motores a gasolina. No ciclo Diesel, o ar aspirado para o cilindro e comprimido a uma taxa muito mais alta do que nos motores a gasolina, o que eleva sua temperatura a um ponto que pode inflamar o combust vel diesel sem a necessidade de uma vela de igni o.

Durante a opera o, o ciclo come a com o pist o puxando ar enquanto se move para baixo. Em seguida, o ar comprimido no movimento ascendente, aumentando sua temperatura. No pico da fase de compress o, o combust vel injetado no ar comprimido e quente em forma de uma fina n voa, causando igni o espont nea. A combust o empurra o pist o para baixo, gerando energia. Por fim, na fase de exaust o, os gases resultantes da combust o s o expelidos quando o pist o se move para cima novamente, completando o ciclo.

Os motores Diesel s o conhecidos por sua efici ncia e durabilidade. A alta taxa de compress o n o s permite que o motor extraia mais energia do combust vel, mas tamb m aumenta sua efici ncia t rmica, o que significa que uma maior parte da energia do combust vel convertida em trabalho mec nico. Os motores Diesel geralmente oferecem uma melhor efici ncia de combust vel e produzem menos emiss es de CO2 por unidade de energia em compara o com seus equivalentes a gasolina, mas podem emitir n veis mais altos de outros poluentes, como xidos de nitrog nio e part culas.

mechanisms

Sadi Carnot introduziu [1] o conceito te rico do primeiro projeto de m quina capaz de gerar trabalho mec nico com base em um gradiente de temperatura. Isso alcan ado por meio de um processo no espa o press o-volume, onde calor adicionado e extra do, conforme ilustrado na imagem:

image

A rea sob a curva o calor fornecido ($Q_H$), que se estende de 1 a 2, representa a energia necess ria para transitar do estado ($p_1, V_1$) para o estado ($p_2, V_2$). Por outro lado, a rea sob a curva o calor absorvido ($Q_C$), indo de 2 para 1, representa a extra o de energia necess ria para retornar do estado ($p_2, V_2$) ao estado ($p_1, V_1$). A diferen a entre essas reas corresponde regi o delimitada por ambas as curvas e representa o trabalho eficaz ($W$) que o sistema pode realizar.

Carnot tamb m demonstrou que, de acordo com a segunda lei da termodin mica, o calor fornecido ($Q_H$) n o pode ser igual a zero. Isso implica que n o existem m quinas capazes de converter todo o calor em trabalho.

[1] "R flexions sur la puissance motrice du feu et sur les machines propres d velopper cette puissance" (Reflex es sobre a Pot ncia Motriz do Fogo e sobre M quinas Adequadas para Desenvolver Essa Pot ncia), Sadi Carnot, Annales scientifiques de l .N.S. 2e s rie, tome 1, p. 393-457 (1872)

Rudolf Diesel [1] prop s criar um ciclo distinto do ciclo de Carnot com o objetivo de alcan ar uma efici ncia superior em compara o com o ciclo de Otto. Esse processo se desenrola nas seguintes etapas:

• Est gio 1 a 2: Compress o adiab tica $(p_1,V_1,T_1)\rightarrow (p_2,V_2,T_2)$,
• Est gio 2 a 3: Aquecimento e expans o press o constante $(p_2,V_2,T_2)\rightarrow (p_2,V_3,T_3)$,
• Est gio 3 a 4: Expans o adiab tica $(p_2,V_3,T_3)\rightarrow (p_3,V_1,T_4)$,
• Est gio 4 a 1: Resfriamento a volume constante $(p_3,V_1,T_4)\rightarrow (p_1,V_1,T_1)$

Esses est gios s o ilustrados abaixo:

A chave est no est gio 2 a 3, onde a expans o ocorre press o constante. A raz o torna-se evidente ao examinarmos o gr fico:

image

A energia ganha igual rea contida dentro do ciclo, e ao realizar a compress o press o constante, essa rea maior do que no caso da compress o a volume constante.

[1] "Verfahren zur Entwickelung eines rationellen W rmemotors zum Ersatz der Dampfmaschine und der heute bekannten Verbrennungsmotoren" (M todo para o Desenvolvimento de um Motor T rmico Racional para Substituir a M quina a Vapor e os Motores de Combust o Contempor neos), Rudolf Diesel, Kaiserlichen Patentamts, No. 67207 (1892)

Tanto o ciclo Otto quanto o ciclo Diesel dependem das vari veis la temperatura no estado 1 ($T_1$), la temperatura no estado 2 ($T_2$), la temperatura no estado 3 ($T_3$) e la temperatura no estado 4 ($T_4$). No entanto, no caso do ciclo Diesel, ele tamb m depende de o índice adiabático ($\kappa$), cujo valor 1,4.

No ciclo Otto, a efici ncia calculada com base na temperatura usando a seguinte equa o:

equation=11161

J no ciclo Diesel, a efici ncia calculada com base na temperatura usando a seguinte equa o:

equation=11164

A inclus o do fator $1/\kappa \sim 0,71$ no ciclo Diesel o torna mais eficiente em compara o com o ciclo Otto para a mesma configura o de temperatura. Isso resultado direto do aumento da rea contida na curva que representa o ciclo na representa o press o-volume.

Dado que em uma expans o adiab tica, o g s atende s rela es o volume no estado i ($V_i$), o volume no estado f ($V_f$), la temperatura no estado inicial ($T_i$), la temperatura no estado final ($T_f$) e o índice adiabático ($\kappa$) expressas como:

equation=4865

Podemos observar que na mudan a de estado de o volume intermediário ($V_3$) e la temperatura no estado 3 ($T_3$) para o volume expandido ($V_1$) e la temperatura no estado 4 ($T_4$), a seguinte igualdade se mant m:

$T_3V_3^{\kappa-1}=T_4V_1^{\kappa-1}$



Usando a equa o para o fator de expansibilidade ($r_E$):

equation=11147

Obtemos:

equation=11149

Dado que em uma expans o adiab tica, o g s satisfaz as rela es o volume no estado i ($V_i$), o volume no estado f ($V_f$), la temperatura no estado inicial ($T_i$), la temperatura no estado final ($T_f$) e o índice adiabático ($\kappa$), expressas como:

equation=4865

Podemos observar que durante a mudan a de estado de o volume expandido ($V_1$) e la temperatura no estado 1 ($T_1$) para o volume compactado ($V_2$) e la temperatura no estado 2 ($T_2$), a seguinte igualdade mantida:

$T_1V_1^{\kappa-1}=T_2V_2^{\kappa-1}$



Usando a equa o para o facteur de compressibilité ($r_C$):

equation=11146

Obtemos:

equation=11148

Como o aquecimento ocorre a press o constante, aplicamos a lei de Charles:

equation=3492

Portanto, a mudan a de estado ($V_2, T_2$) para ($V_3, T_3$) deve satisfazer a equa o:

$\displaystyle\frac{T_2}{V_2} = \displaystyle\frac{T_3}{V_3}$



Com as equa es:

equation=11146

equation=11147

podemos reescrever como:

$T_3 = \displaystyle\frac{V_3}{V_2} T_2 = \displaystyle\frac{V_3}{V_2} T_2 = \displaystyle\frac{V_3}{V_1} \displaystyle\frac{V_1}{V_2} T_2 = \displaystyle\frac{r_C}{r_E} T_2$



ou seja:

equation=11150

A efici ncia em rela o temperatura definida por:

equation=11155

com as quantidades de calor fornecido:

equation=11144

e absorvido:

equation=11145

temos a rela o de efici ncia em fun o da temperatura:

equation=11164

O valor de la eficiência ($\eta$) pode ser calculado usando os valores o índice adiabático ($\kappa$), la temperatura no estado 1 ($T_1$), la temperatura no estado 2 ($T_2$), la temperatura no estado 3 ($T_3$) e la temperatura no estado 4 ($T_4$) na seguinte equa o:

equation=11164

Al m disso, as rela es entre as temperaturas com o facteur de compressibilité ($r_C$) e o fator de expansibilidade ($r_E$) s o definidas pelas seguintes equa es:

equation=11148

equation=11149

equation=11150

Adicionalmente, o valor de o índice adiabático ($\kappa$) utilizado na equa o:

equation=11152

Essas equa es nos permitem calcular o desempenho de um processo que segue o ciclo Diesel usando a seguinte equa o:

equation=11156


model

Neste caso, do ponto inicial 1 ao ponto 2. Isso significa que durante a compress o adiab tica, o estado do g s muda de o volume expandido ($V_1$) e la temperatura no estado 1 ($T_1$) para o volume compactado ($V_2$) e la temperatura no estado 2 ($T_2$) da seguinte forma:

kyon

O calor fornecido ($Q_H$) pode ser calculado com la capacidade térmica a pressão constante ($C_p$), la temperatura no estado 3 ($T_3$) e la temperatura no estado 2 ($T_2$) usando a f rmula:

kyon

Neste caso, do ponto inicial 3 ao ponto 4. Isso significa que, durante a expans o adiab tica, o estado do g s muda de o volume compactado ($V_2$) e la temperatura no estado 3 ($T_3$) para o volume expandido ($V_1$) e la temperatura no estado 4 ($T_4$), conforme:

kyon.

O calor absorvido ($Q_C$) pode ser calculado a partir de la capacidade térmica em volume constante ($C_V$), la temperatura no estado 4 ($T_4$) e la temperatura no estado 1 ($T_1$) usando a f rmula:

kyon

Na an lise do ciclo Diesel, til introduzir o chamado o facteur de compressibilité ($r_C$), que representa a rela o entre o volume expandido ($V_1$) e o volume compactado ($V_2$) durante a compress o da mistura, conforme mostrado na seguinte express o:

kyon

Na an lise do ciclo Diesel, vantajoso introduzir o termo o fator de expansibilidade ($r_E$), que representa a rela o entre o volume expandido ($V_1$) e o volume intermediário ($V_3$) durante a compress o da mistura, conforme ilustrado na seguinte express o:

kyon

La temperatura no estado 3 ($T_3$) pode ser calculado com la temperatura no estado 4 ($T_4$), o fator de expansibilidade ($r_E$) e o índice adiabático ($\kappa$) usando:

kyon

La temperatura no estado 2 ($T_2$) pode ser calculado a partir de la temperatura no estado 1 ($T_1$), o facteur de compressibilité ($r_C$) e o índice adiabático ($\kappa$) usando:

kyon

La temperatura no estado 3 ($T_3$) pode ser calculado a partir de la temperatura no estado 2 ($T_2$), o facteur de compressibilité ($r_C$) e o fator de expansibilidade ($r_E$) usando:

kyon

La eficiência ($\eta$) pode ser calculado a partir de o índice adiabático ($\kappa$), la temperatura no estado 1 ($T_1$), la temperatura no estado 2 ($T_2$), la temperatura no estado 3 ($T_3$) e 8492 usando:

kyon

O c lculo de la eficiência ($\eta$) realizado usando o índice adiabático ($\kappa$), o facteur de compressibilité ($r_C$) e o fator de expansibilidade ($r_E$), como segue:

kyon


>Modelo

ID:(1487, 0)



Mecanismos

Definição

O ciclo Diesel é um ciclo termodinâmico que fundamenta o funcionamento dos motores diesel, amplamente utilizados em veículos e maquinaria industrial. Desenvolvido por Rudolf Diesel na década de 1890, este ciclo distingue-se principalmente pelo seu processo de ignição em comparação com o ciclo Otto dos motores a gasolina. No ciclo Diesel, o ar é aspirado para o cilindro e comprimido a uma taxa muito mais alta do que nos motores a gasolina, o que eleva sua temperatura a um ponto que pode inflamar o combustível diesel sem a necessidade de uma vela de ignição.

Durante a operação, o ciclo começa com o pistão puxando ar enquanto se move para baixo. Em seguida, o ar é comprimido no movimento ascendente, aumentando sua temperatura. No pico da fase de compressão, o combustível é injetado no ar comprimido e quente em forma de uma fina névoa, causando ignição espontânea. A combustão empurra o pistão para baixo, gerando energia. Por fim, na fase de exaustão, os gases resultantes da combustão são expelidos quando o pistão se move para cima novamente, completando o ciclo.

Os motores Diesel são conhecidos por sua eficiência e durabilidade. A alta taxa de compressão não só permite que o motor extraia mais energia do combustível, mas também aumenta sua eficiência térmica, o que significa que uma maior parte da energia do combustível é convertida em trabalho mecânico. Os motores Diesel geralmente oferecem uma melhor eficiência de combustível e produzem menos emissões de CO2 por unidade de energia em comparação com seus equivalentes a gasolina, mas podem emitir níveis mais altos de outros poluentes, como óxidos de nitrogênio e partículas.

ID:(15283, 0)



Ciclo de Carnot

Imagem

Sadi Carnot introduziu [1] o conceito teórico do primeiro projeto de máquina capaz de gerar trabalho mecânico com base em um gradiente de temperatura. Isso é alcançado por meio de um processo no espaço pressão-volume, onde calor é adicionado e extraído, conforme ilustrado na imagem:



A área sob a curva o calor fornecido ($Q_H$), que se estende de 1 a 2, representa a energia necessária para transitar do estado ($p_1, V_1$) para o estado ($p_2, V_2$). Por outro lado, a área sob a curva o calor absorvido ($Q_C$), indo de 2 para 1, representa a extração de energia necessária para retornar do estado ($p_2, V_2$) ao estado ($p_1, V_1$). A diferença entre essas áreas corresponde à região delimitada por ambas as curvas e representa o trabalho eficaz ($W$) que o sistema pode realizar.

Carnot também demonstrou que, de acordo com a segunda lei da termodinâmica, o calor fornecido ($Q_H$) não pode ser igual a zero. Isso implica que não existem máquinas capazes de converter todo o calor em trabalho.

[1] "Réflexions sur la puissance motrice du feu et sur les machines propres à développer cette puissance" (Reflexões sobre a Potência Motriz do Fogo e sobre Máquinas Adequadas para Desenvolver Essa Potência), Sadi Carnot, Annales scientifiques de lÉ.N.S. 2e série, tome 1, p. 393-457 (1872)

ID:(11131, 0)



Ciclo Diesel: Diagrama Pressão-Volume

Nota

Rudolf Diesel [1] propôs criar um ciclo distinto do ciclo de Carnot com o objetivo de alcançar uma eficiência superior em comparação com o ciclo de Otto. Esse processo se desenrola nas seguintes etapas:

• Estágio 1 a 2: Compressão adiabática $(p_1,V_1,T_1)\rightarrow (p_2,V_2,T_2)$,
• Estágio 2 a 3: Aquecimento e expansão à pressão constante $(p_2,V_2,T_2)\rightarrow (p_2,V_3,T_3)$,
• Estágio 3 a 4: Expansão adiabática $(p_2,V_3,T_3)\rightarrow (p_3,V_1,T_4)$,
• Estágio 4 a 1: Resfriamento a volume constante $(p_3,V_1,T_4)\rightarrow (p_1,V_1,T_1)$

Esses estágios são ilustrados abaixo:

A chave está no estágio 2 a 3, onde a expansão ocorre à pressão constante. A razão torna-se evidente ao examinarmos o gráfico:

A energia ganha é igual à área contida dentro do ciclo, e ao realizar a compressão à pressão constante, essa área é maior do que no caso da compressão a volume constante.

[1] "Verfahren zur Entwickelung eines rationellen Wärmemotors zum Ersatz der Dampfmaschine und der heute bekannten Verbrennungsmotoren" (Método para o Desenvolvimento de um Motor Térmico Racional para Substituir a Máquina a Vapor e os Motores de Combustão Contemporâneos), Rudolf Diesel, Kaiserlichen Patentamts, No. 67207 (1892)

ID:(11141, 0)



Análise de eficiência

Citar

Tanto o ciclo Otto quanto o ciclo Diesel dependem das variáveis la temperatura no estado 1 ($T_1$), la temperatura no estado 2 ($T_2$), la temperatura no estado 3 ($T_3$) e la temperatura no estado 4 ($T_4$). No entanto, no caso do ciclo Diesel, ele também depende de o índice adiabático ($\kappa$), cujo valor é 1,4.

No ciclo Otto, a eficiência é calculada com base na temperatura usando a seguinte equação:



Já no ciclo Diesel, a eficiência é calculada com base na temperatura usando a seguinte equação:

A inclusão do fator $1/\kappa \sim 0,71$ no ciclo Diesel o torna mais eficiente em comparação com o ciclo Otto para a mesma configuração de temperatura. Isso é resultado direto do aumento da área contida na curva que representa o ciclo na representação pressão-volume.

ID:(11153, 0)



Expansão adiabática

Exercício

Dado que em uma expansão adiabática, o gás atende às relações o volume no estado i ($V_i$), o volume no estado f ($V_f$), la temperatura no estado inicial ($T_i$), la temperatura no estado final ($T_f$) e o índice adiabático ($\kappa$) expressas como:



Podemos observar que na mudança de estado de o volume intermediário ($V_3$) e la temperatura no estado 3 ($T_3$) para o volume expandido ($V_1$) e la temperatura no estado 4 ($T_4$), a seguinte igualdade se mantém:

$T_3V_3^{\kappa-1}=T_4V_1^{\kappa-1}$



Usando a equação para o fator de expansibilidade ($r_E$):



Obtemos:

ID:(15751, 0)



Calor fornecido

Equação

Dado que em uma expansão adiabática, o gás satisfaz as relações o volume no estado i ($V_i$), o volume no estado f ($V_f$), la temperatura no estado inicial ($T_i$), la temperatura no estado final ($T_f$) e o índice adiabático ($\kappa$), expressas como:



Podemos observar que durante a mudança de estado de o volume expandido ($V_1$) e la temperatura no estado 1 ($T_1$) para o volume compactado ($V_2$) e la temperatura no estado 2 ($T_2$), a seguinte igualdade é mantida:

$T_1V_1^{\kappa-1}=T_2V_2^{\kappa-1}$



Usando a equação para o facteur de compressibilité ($r_C$):



Obtemos:

ID:(15752, 0)



Aquecimento a gás

Script

Como o aquecimento ocorre a pressão constante, aplicamos a lei de Charles:



Portanto, a mudança de estado ($V_2, T_2$) para ($V_3, T_3$) deve satisfazer a equação:

$\displaystyle\frac{T_2}{V_2} = \displaystyle\frac{T_3}{V_3}$



Com as equações:





podemos reescrever como:

$T_3 = \displaystyle\frac{V_3}{V_2} T_2 = \displaystyle\frac{V_3}{V_2} T_2 = \displaystyle\frac{V_3}{V_1} \displaystyle\frac{V_1}{V_2} T_2 = \displaystyle\frac{r_C}{r_E} T_2$



ou seja:

ID:(15753, 0)



Eficiência dependendo das temperaturas

Variable

A eficiência em relação à temperatura é definida por:



com as quantidades de calor fornecido:



e absorvido:



temos a relação de eficiência em função da temperatura:

ID:(15754, 0)



Eficiência em função dos fatores de compressão e expansão

Audio

O valor de la eficiência ($\eta$) pode ser calculado usando os valores o índice adiabático ($\kappa$), la temperatura no estado 1 ($T_1$), la temperatura no estado 2 ($T_2$), la temperatura no estado 3 ($T_3$) e la temperatura no estado 4 ($T_4$) na seguinte equação:



Além disso, as relações entre as temperaturas com o facteur de compressibilité ($r_C$) e o fator de expansibilidade ($r_E$) são definidas pelas seguintes equações:







Adicionalmente, o valor de o índice adiabático ($\kappa$) é utilizado na equação:



Essas equações nos permitem calcular o desempenho de um processo que segue o ciclo Diesel usando a seguinte equação:

ID:(15755, 0)



Modelo

Video


ID:(15342, 0)